Sangue Azul

Márcio Pigmeu

Cai um homem de sangue azul
Outros irão o suceder
Raça odiosa, perniciosa
Sem limites pra ter poder

Dominados pela ambição
Se orgulham por só vencer
Mesmo à força ou por vingança
Seu legado é destruição

Nunca vão parar
Quanto mais o tempo passa
O império se erguerá

Privar e excluir
O que já foi de todos
Pra poucos usufruir

Donatário não ver empecilho
Em girar o mundo conforme seu delírio
Quinhentos anos nessa joça
E o mais fraco vegeta nessa fossa

Nunca encarou o desespero
De ver um filho passando aperreio
Riqueza vinda da desgraça
Do negro, índio e do suor da massa

A fome dos famintos não te comoveu
Tanto sofrimento naturalizou
Explorados com dureza
Seu sadismo é a presa
Que fere a dignidade

O brilho dos seus olhos desapareceu
Sua humanidade se desintegrou
Embriagado com a avareza
Coroado na nobreza
Tão podre será o seu fim

Trivia about the song Sangue Azul by Ação Libertária

Who composed the song “Sangue Azul” by Ação Libertária?
The song “Sangue Azul” by Ação Libertária was composed by Márcio Pigmeu.

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