16.22

Dan / Fercley

DaN:
Aqui no Rio é foda! Na sombra chove, no Sol tu ferve,
Os metido não comove e os comovidos não se mete,
O martelo do juiz é um cano engatilhado,
E o lugar mais seguro é com os perigoso do lado,
Eu me movo, me promovo, não me comovo de novo,
Mas o povo me vê como louco que tem que aprender a ser bobo,
Sou da noite, sou um corvo, sou sem rosto
A madruga escreve de preto fosco,
Branco, ou prata você não vê nada!
Quando cê acordar tua mureta tá pintada,
Eles vêm do nada cafungando meu dedo,
A 'neresi na tenoi columa', gera medo
Com sentidos alterados, e memória reduzida,
Capacidade de raciocínio comprometida
Vários nomes tacados na pista, 'dodiper' na vida,
Você ainda se pergunta como ele chegou lá em cima

fercley
...............
Vandalismo sem fim reprimido por gambé
Dãopacha De Olhos Vermelhos E O Skate No Pé
No Rolé Escoltando As Pastilha E As Drapé
A Cara Tá Explanada E A Mente Alucinada,
Despensa Os Flagrante Pra Não Tomar Tapa Na Cara,
De Sãomi Com A Escada Estourando Janelada
Na marquise ou no beiral Atividade Dobrada
Como Zaquel Eu Quero Subir Pra Poder Xarpi
Espancando De Preto Fosco as Escolta De Nhodrivi
'Sedafo Cialipo 'Os Flagrante Tá Intocado,
Mas Se Roda Com 'Tatin' Vai Pra Casa Pintado
Esculachado Na Pista Como Fora Da Lei,
Artigo 163 Usuário De Spray!
Se' Gali' No Popa Nos 'Koluma Dãodaman'
Que é de Pinote No Calote Pra Não 'Daro Pros Nacã'
.....

DaN
Skatistas, rueiros, mc's, graffiteiros, do xarpi, maconheiro
Aaaah! Saiam dos bueiros
É tudo Nosso! Rua, calçada, parede com a tatin colorgin mate sua sede
Deixe sua marca no muro da babilônia no breu
Pra quando nós passar dizer aquele é meu!
Mas se 'gali' no 'popa nemá', os 'nacã' tão na 'tapis' e eles estão doido pra te ver rodar
De ponta a ponta do Rio, da Lapa á Bangu
De 'ssãomi na lavefa pra mafu'
Pra nóiz não tem dia, Pra nóiz não tem hora,
Mas se eles vier..hum... Joga fora!
Esconde o birrin
Entoca o finin
Deixa eles achando que nóis tamos purin
Eu Canto minha vida em rap underground
Não fique 'dãodaman' e nem se escalde

Fercley:
Eu me escaldo com os recalcados que tão ali na pista
Uma páh de atrasado lado de rolé em casa esquina,
A colorgin tá na mochila, o gol bola tá na mira,
A marola me explana, mas o boldo ninguém confisca ,
'dozenfa çamafu dãopacha de çachaca
De kebi de sãomi pra mafu nhacoma'
Dois conto no bolso e um corte de 'dase'
A lei do duende quem aperto é quem vai acender
Se for na paulista , tu puxa, prender, rola,
agora solta, passa a goma que o ret tá de volta,
Se é pra fazer a cabeça, tem q ter cabeça feita
A realidade do viciado é o pesadelo do careta
Vivo fazendo rabisco correndo risco
Já vi vagabundo até engolir o birro!
Os muro da cidade enfeitados pelo vicio
O que pra nós é arte urbana, pra sociedade é vandalismo!

refrão 3x
Esconde o birrin,
Entoca o finin,
Deixa eles achando que nós tamos purin

DaN:
Não é Caô, parceiro, e nem falsidade, realidade da rua em tons de malandragem
Essa é pros locão que fica no busão admirando as paredes cheias de pixação

Fercley
1,2 nem me viu já invadi o trem
O Supervia mete a cara, mas não vai achar ninguém
Sobe no sapatinho que é pra nego não te ver
Uma vez pixador, pixador até morrer.

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