Não Tem Limite
Alzira Espindola / Arruda
não tem limite
rouba a cena depois senta assiste e pede bis
depois diz que não existe
e some e solta e voa e volta
e soma insiste
não tem limite
aplaude o que ainda nada disse
inventa insiste e diz tolice e ri de si e se reparte e se repete e se
consiste
em algo triste
depois desiste
e dita outro drama e cria fama deita na lama
e se esparrama
e a pele fica cada vez mais
cada vez mais
bacana
e a beleza só aumenta e se duvida tenta e tenta
depois me conta e perde a conta
e nunca se contenta
e sempre aumenta tudo e tudo vem à tona e nada vem à toa
nem cara nem carona nem coringa nem coroa
tudo numa boa
não tem limite
esse apetite
papo de nietzsche