É de Lisboa
Cidade assim tão bonita
Não há no mundo, eu aposto
A ninguém com isto iludo
Pois tem lá tudo do que eu mais gosto
Na viela mais antiga ou numa rua qualquer
Os versos duma cantiga são
Quantas vezes o pão que a gente quer
É de Lisboa a sé já tão velhinha
Onde o povo alfacinha reza por ela
É de Lisboa a tela de mil cores
Pintada com as flores que tem cada janela
É de Lisboa o pregão da varina
Que ao virar duma esquina alegre soa
E é verdade que salta tanto à vista
A saudade fadista também é de Lisboa
Num arraial popular
Ao som do vulgar harmónio
Quem não gosta de bailar
Sempre que chega o Santo António
A saltar uma fogueira na noite de São João
Fui sozinha, mas voltámos dois
Porque queimei depois meu coração
É de Lisboa a sé já tão velhinha
Onde o povo alfacinha reza por ela
É de Lisboa a tela de mil cores
Pintada com as flores que tem cada janela
É de Lisboa o pregão da varina
Que ao virar duma esquina alegre soa
E é verdade que salta tanto à vista
A saudade fadista também é de Lisboa
É de Lisboa o pregão da varina
Que ao virar duma esquina alegre soa
E é verdade que salta tanto à vista
A saudade fadista também é de Lisboa