Dois Ofícios
Tropa encordoada, ponta, culatra e fiador
Sombreiro grande, poncho emalado nos tentos
Pala de seda pra esses dias mormacentos
De pouco vento e abatumados de calor
Gado, potrada e algum capão pra consumo
Andam no rumo que o destino me apontou
Que o patrão velho me proteja e me conserve
E, o resto, eu leve como meu pai já levou
Alma estirada quais' as tropas vida afora
Gastando esporas, cruzando de um lado a outro
Cumprindo sempre o que foi dito e ajustado
Bocal sovado de costear queixo de potro
Bocal sovado de costear queixo de potro
Eu sou tropeiro e domador com muito orgulho
Sendo barulho, sou silêncio ao mesmo tempo
Foi nas estradas que forjei meus dois ofícios
Meus compromissos, valor e temperamento
Ser um tropeiro é algo mais que profissão
É uma missão, legado e conhecimento
Ser domador é devoção e sentimento
Atado ao tento que arrocina o redomão
Atado ao tento que arrocina o redomão
Fiz, das lonjuras, minha morada, paradouro
Pra matadouro, pra outros pagos, levo tropa
E, enquanto isso, sigo fazendo cavalos
Pois educá-los é a obrigação que me toca
Me deem licença que outra tropa me precisa
A mesma brisa, o mesmo Sol, mas outro rumo
Que estendo a lida, tenteando a sorte aporreada
Gado, potrada e algum capão pra consumo
Gado, potrada e algum capão pra consumo
Eu sou tropeiro e domador com muito orgulho
Sendo barulho, sou silêncio ao mesmo tempo
Foi nas estradas que forjei meus dois ofícios
Meus compromissos, valor e temperamento
Ser um tropeiro é algo mais que profissão
É uma missão, legado e conhecimento
Ser domador é devoção e sentimento
Atado ao tento que arrocina o redomão
Eu sou tropeiro e domador com muito orgulho
Sendo barulho, sou silêncio ao mesmo tempo
Foi nas estradas que forjei meus dois ofícios
Meus compromissos, valor e temperamento
Ser um tropeiro é algo mais que profissão
É uma missão, legado e conhecimento
Ser domador é devoção e sentimento
Atado ao tento que arrocina o redomão
Atado ao tento que arrocina o redomão