Punhal
Andréia Dias
Um punhal pelas costas
Quem é gosta?
Quem consegue entender?
Um metal pontiagudo
Brilhante e mudo
Perfurando o seu ser
Não vou seguir
Com nenhum corte profundo
Vou dar a volta no mundo
Para espairecer
Não vou guardar (não vou guardar)
Mágoa e nem rancor
Não vou criar um tumor
Pois preciso viver
Vou sair por aí a cantar
A sorrir, transmitir, transmutar
Libertando o meu corpo
E lavando a minha alma
Nas águas do mar
Com amor e na delicadeza
Embalada na mãe natureza
Esbanjando alegria
Com o coração calmo
E cabeça tranquila