Excerto
eu não consigo ficar nesta mesmice, e.
na caretice de sofrer por profissão
roubar os sonhos de alguém: isto não da me dá proteção
deixa o vento soprar e, o menino correr
a pipa se perder
no céu da solidão
eu quero te ver
se derretendo em meus braços
eu vou te fazer amar tudo que eu gosto e, faço
me da um pouco da tua saliva,
que corre pela sala espaçosa,
onde pousa soberana tua língua picante e, deliciosa
me cala
com os teus lábios de menino
que, me enganam, mas precisam de mim.
vou me mover,pelo teu corpo
vadear no encanto dos teus cabelos
escrever teu nome no livro do desassossego
vou morrer no mar
(..)Meu coração é um almirante louco
Que abandonou a profissão do mar
E que (a) vai relembrando pouco a pouco
Em casa a passear, a passear(.....)
(excerto poema: Ah, um sonho de Fernando Pessoa)