Julho de 75
E o frio derrubou nosso lar
A estiagem matou a plantação
Uma luz me espera de braços abertos
E no Sol, redenção, redenção
Quanto tempo eu posso vagar
Percorrendo caminhos sem fim
A idade chegou pra ficar
E a dor , vai livrar os pecados de mim
Ter um filho pro meu nome dar
Uma família para prosseguir
Ensinar com os meus erros
livrá-la do mal, quando a hora chegar vou partir
O trabalho vai glorificar
As pessoas vão me denegrir
Nas manhas eu insisto em tentar e vingar
E nas noites fugir e fugir
Os que nascem ainda podem vencer
Os que foram se apagarão
Os que ficam carregam um fardo pesado
Escrevendo uma amarga canção
Quando a vista começa a embaçar
E os caminhos chegando ao fim
O silêncio ecoa em qualquer lugar
É a hora de se despedir