Poncho e Paz
Me abrigo no poncho no frio da invernia
E rasgo horizontes nos verdes caminhos
Campeando uma paz que parece utopia
E faz tanta falta em todos os ninhos
Não falem de paz os que endeusam a inércia
Pois na controvérsia é que brotam as luzes
Debates e embates diferem na essência
Ideias são armas que não plantam cruzes
No verde do amargo ao verde esperança
Que um dia sonharam os nossos avós
Um tempo de paz de alegria e bonança
Que com suor e sangue semearam pra nós
Um tempo de paz de alegria e bonança
Que com suor e sangue semearam pra nós
Me abrigo no poncho da aragem campeira
Que invade a cumeeira e castiga os oitões
E sopra nas frinchas abrindo as porteiras
Podando os atalhos e as ilusões
Não falem de paz os que em cima do muro
Se achicam no escuro e não querem pelear
Por um tempo novo, liberto e futuro
Onde a covardia não tenha lugar