Rachando a Cabaça
Ela chora por tudo
Mas nunca chora por mim
Diz que os últimos serão os primeiros
A voltarem pro fim
Ela chora! chora por tudo
Mas não chora por mim
Diz que os últimos serão os primeiros
A voltar lá pro final da fila
Ela passa e repara e repassa
Por todo o campo minado da minha visão
Ela passa rachando a cabaça
Arrebentando com o reboco do meu coração
Ela deixa bem claro que eu sou “des” e ela é “graça”
E a vida não pára pra gente poder relaxar
Ela grita, ela rosna ela chora
E fala cada nome feio que eu nem sei dizer
Ela faz que vai botar pra fora
Cem mil olhos se arregalam brigando pra ver
Mais uma vez deixa claro que eu sou “des” e ela é graça
E a vida não pára pra gente poder relaxar
Ela pulou pra dentro da minha cabeça
Antes que eu me esqueça quero lembrar
Faltavam dez pras duas da madrugada
Quando ela, embriagada, começou a gritar
Que “ninguém manda, ninguém mandou
E ninguém nunca vai mandar na minha vida
E não me obrigue a colocar veneno em minhas palavras”
Tudo isso com sua cara de louca e os olhos cheios de lágrimas