Meus Parceiros
Enquanto a chuva caía
Contra a santa fé do galpão
Num costar de um redomão
Relinchava no potreiro
E um bai peca borralheiro
E um brazinu meia cola
E um mestiço a terra nova
Que eu apelidei de pachola
E um mestiço a terra nova
Que eu apelidei de pachola
Certa feita eu campereava
Quase no clarear do dia
Fui rever um rebanho com cria
Lá no passo do coqueiro
Tava comendo uns cordeiro
Um sorro velho ladino
Hoje ele vai deixar disso
Nos dentes do meu brazinu
Hoje ele vai deixar disso
Nos dentes do meu brazinu
Os quatro animal que eu tenho
Cada um faz um serviço
E eu me procupo com isso
Porque eu dependo da lida
Que é uma sorte desgranida
De nós querer tirar prova
Já vi toro perder a língua
Nos dentes do terra nova
Já vi toro perder a língua
Nos dentes do terra nova
E o bai peca borralheiro
É um forte, piqueno e escuro
É um relampago no escuro
É campeão pra correr paca
Acho o terneiro de vaca
No meio do tafonau
Aparto a serva trompada
No peito do meu bagual
E assim me sinto monarca
No meu Rio Grande periau
Através desse compasso ao tentico de vaneira
Quero mandar um abraço bem missioneiro
A esse parceiro, conservador da cultura xucra
Nosso amigo Tio Nanato
Que Deus te abençoi pela sua caminhada, parceiro véio