Quem Se Preocupa

Andre Paulo Barchi

Quem se preocupa se a mente se ocupa com informações diversas determinações imersas em divisões e conversa agora
com quem nem pegou na bola no jogo do lodo embolorando vossas ações
 verbos flutuantes servos comandantes nos versos do viajante no por do sol, conexões 
evolução constante do carvão ao diamante missão em construção mas sempre levando em consideração as emoções

onde é PB vejo cor em tons ultra-sônicos vamos regar com amor os nossos acordes sinfônicos

me despeço dos que fazem rodar a engrenagem e saio ignorando os sugadores de sonhos de igualdade

felizmente não tenho olhos pros geradores de ódio pra eles são rebaixados os que pra mim estão no alto do pódio

doutores pacheco em corredores ou becos constantes dores acometendo quem tá esquecido no gueto
mas o fim é sempre o mesmo somos todos caveiras a fina camada de cima não difere a bruxa da freira

castelos de areia são levados pelas ondas 
no alto do morro soldados matam na frente só fazem a ronda
reflexões finais junto ao adeus à velha rotina adorações fatais não irei mais fugir da minha própria sina

mão dupla se disserem siga seu sonho sol não nasce pra todos coragem como terapia componho 
unido
com os poetas que nunca tiveram fama respeito aos que são atletas da caneta sem visar só grana 
vida insana veloz também às vezes injusta
a culpa não é mais do tarado sobrou pra princesa de saia justa
 ideias nuas epopéia no mundo da lua sua carreira é besteira quando a própria lealdade não se cultua
 revolta interna movida pela pressão externa o urso sabe o curso do rio mesmo quando ele hiberna

numa caverna 
foi possível fazer o fogo que acende sua perna de grilo pro conflito dentro do globo
craniano 
de todos os seres me intriga o humano que acha que é o dono do mundo acabando com o mundo seu dono
 só matutando
controle mantenho no cerebelo buscando o interior e não a cor do seu cabelo 
mais que trabalhos realizados para trás o que eu deixo são amizades formadas meio que fora do eixo
sinceridade é raridade em corporações muitos choram por dentro escondendo medos e expondo ilusões

ratos imundos circulam pisoteando as ideias de quem é humilde e se humilha recebendo o seu comando

falsas rotulações nas alças das tampas dos alçapões calças com seus borrões dançam valsa os tubarões

conflito interno constante hospício dentro de um terno ambulante resquício de ser um mero coadjuvante

viver está em falta mas consumo tem bastante confundido com diversão aí se esquece a vida pensante

chega a ser frustrante todos estão surdos já disse roberto até cegos presos ao eletro de sua estante
modus operandi para flocos de instantes caindo como neve e que te levem se é que ferve o seu sangue

quente e frio bem e mal a luz e a sombra unidas festejam a passagem pra essa viagem que é só de ida

construção universal já está em decadência transgressão do normal pra mim questão de sobrevivência 
hoje também muitas almas estão se perdendo condenadas a não fazer nada que é do seu sentimento

após a angústia vem a sensação de libertação robusta escutam o chefe mas o coração não tem a escuta

o que é necessário está escondido em um armário e só você tem a chave para internamente acessa-lo
junto da esfinge moram em silêncio grandes segredos que nunca se revelarão se não esquecer o seu medo
impedidor de grandes realizações medidor de frustrações fiel companheiro de inúmeras imposições 
eu penso com meus botões
propenso a criar inimigos castigo pra quem bate de frente com certas opiniões 
meras composições
a alma solicita e até grita pra ser vista concretizada em algumas belas expressões 
talvez em canções
processo natural todos são artistas mas alguns priorizam conquistas no material

dia a dia infernal nem do lado mais conseguem olhar o pescoço até dói se a posição da cabeça mudar

mas a evolução é pulverizada vem a noção vendo a molecada com a consciência cada vez mais ampliada

alguns saem de casa visando apenas dinheiro alguns caem na graça procurando ser mais que inteiro

alguns perdem o rumo achando ter direção outros tostam fumo se encontrando em sua dimensão

cada um sabe bem aonde seu calo aperta 
e nunca verá as estrelas o que não deixa sua janela aberta

sonhos realizados não estimulam atitude sonhos facilmente assimilados aniquilados na juventude

produção de pessoas padrão em alta escala não enxergam que estão na esteira desta sinistra fábrica

classificação como fazem com todos os produtos rótulos e módulos num manual de como ser adulto

quando estiver fazendo algo fluir naturalmente estando com fé de quem quer seguir sempre em frente
 achando seu horizonte mesmo que esteja atrás dos montes coração dirá quando você achar a sua fonte
no fim o que acontece só ficam os rastros alguns com as próprias pegadas e outros com seus sapatos mas cada um deixando a sua marca
só peço que não se despeça sem ter feito da sua vida o que pede sua alma

o que pede a sua alma

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