O Tombo
Nasci meia noite e meia
A lua cheia me iluminou
Pra dizer mesmo a verdade,
Felicidade jamais faltou
Mal nenhum me acontece
Quem me conhece ja comprovou
Pra mim o azar é sorte
Até a morte me abandonou
Cismei de ser violeiro
Brasil inteiro me incentivou
Me derrubar ninguém pode
Porque o pagode me consagrou
Cheguei aqui lentamente
Nem pé na frente me derrubou
Quem correu sentiu canseira
E na poeira desanimou
O futuro é sorridente
Pra muita gente que batalhou
O passado não importa
São folhas mortas que ja rolou
Foi dada a nova partida
Nessa corrida na frente estou
Quem batia a mão no peito
Não teve jeito pra trás ficou
Numa rima diferente
Digo contente o que se passou
Carreguei alguém no lombo
Mas dei-lhe um tombo no chão ficou
Fiquei livre da desgraça
Ganhei a taça e aqui estou
Com a viola nos braços
Mandando abraços pra quem gostou