Fumaça de Ervas
Eu sou o profeta da mata
Que guarda os caminhos
Que levam às plantas sagradas
Dos ritos antigos do povo encantado Tupi
Eu sou a tribo dizimada
A que vive o encanto sagrado
Que deixou pros filhos
Seres encantados que guardam este povo sangrado
Eu sou mandigueiro
Pajé de terreiro
Eu sou curandeiro
Eu sopro a fumaça de ervas
A força da planta altera
O plano do espírito
E traz os antigos de volta ao presente
Pra nos ajudar
Eu sou Daniel toadeiro
Sou Mestre Horácio boiadeiro
Sou Boi Caprichoso e trouxe pra arena
Jurema sagrada pra nos ensinar
Que o amor, somente o amor
Pode curar (a alma, o corpo, a mente, o espírito, o mundo)
Que o amor, somente o amor
Pode salvar
Eu sopro a fumaça de ervas
Os entes da mata em assembleia
Ensinam pro povo que a mãe-natureza
É sagrada e devemos preservar
Eu sou Caboclo Sete Flechas
Sou índio guia pena verde
Sou Boi Caprichoso e trouxe pra arena
Jurema sagrada pra nos ensinar