Capadócia
Eu estou vestido com as roupas
E as armas de Jorge
Para que meus inimigos não me alcancem
Para que meus inimigos não me toquem
Para que meus inimigos não me vejam, não me vejam
E eu estou feliz porque eu também
Sou da sua companhia
Eu estou vestido com as roupas
E as armas de Jorge
Para que meus inimigos tenham pés
E não me alcancem
Para que meus inimigos tenham mãos
E não me toquem
Para que meus inimigos tenham olhos
E não me vejam
E nem mesmo um pensamento eles possam ter
Para me fazerem mal
Armas de fogo
Meu corpo não alcançarão
Facas e espadas se quebrem
Sem o meu corpo tocar
Cordas e correntes arrebentem
(Jorge é de Capadócia)
Sem o meu corpo amarrar
(Jorge é de Capadócia)
Toda energia, todo mundo é movimento
O tempo, é que ta parado
O estrago é de quem sofre, só morre quem tá vivo
E a luz? A luz é o caminho, do caminho pra luz
As mãos vão na frente, mas não guiam o corpo
O peito pulsa, a mente flutua e a alma cresce
É assim que se fortalece, que o entendimento aparece
E que de lado permanece
A distância de ter e ser, é a mesma entre o ver e crer
O momento é cada um, é o que vive forte por dentro
É onde a música só flui, o rio continua e os pés
Já não tocam mais o chão