Circunvalação
[Verso 1]
Skyline da Circunvalação
Da marquise ao azulejo, do granito ao betão
Aqui cabide é cruzeta, diz ao lisboeta:
Pastilha é para a dor de cabeça... ok?
A chicla é de mentol, a bicla é de metal
E uma tilha bem catita p'ra elevar a moral
Porto cena mental onde é fundamental
Ter um kispo e um chuço num dia normal
Um rissol da império, mais um impropério
O povo é rabujento até ao cemitério
Molete e galão, martelo e balão
Cidade matriarca, mulher do bolhão
Há gunas e cotas, há muitas gaivotas
“Empresta-me um eurito p'ra ir comer uma sopa!”
Salsichinha fast-food na cidade gourmet
Onde a gera é badmood e troca o V pelo B!
[Refrão]
Não me empurrem que o meu coração
Está entre o Douro e a Circunvalação
Sei que é uma selva a cidade e vou na onda
A minha cena é Vandoma
Sei que é uma selva a cidade e vou na onda
A minha cena é Vandoma
[Verso 2]
Skyline da Circunvalação
Lifestyle de cidade sempre em circulação
São os produtos estrela, a venda ambulante
E o homem da batata fala ao altifalante
As hortas, as ilhas, os bairros, as filas
Sempre na fronteira entre a cidade e a vila
Estilo Vandoma, beijo o ardina
Minha redoma é essa neblina
Onde “um quarto para as quatro”
São “quatro menos um quarto”
E se não gosta do sotaque, bota na beira do prato!
“Meio dia” é almoço, “meia hora” é “meio dia e meia”
“De caminho” é “já” e ao pé de mim”, “à minha beira”
Fino e francesinha, cimbalino e siga
Carvalhido acima até à Nandinha
Sou cria do Porto de corpo e sentimento
"Vai no Batalha" quem disser que isto é cinzento
[Refrão]
Não me empurrem que o meu coração
Está entre o Douro e a Circunvalação
Sei que é uma selva a cidade e vou na onda
A minha cena é Vandoma
Sei que é uma selva a cidade e vou na onda
A minha cena é Vandoma
[Verso 3]
Skyline da Circunvalação
Do mar até ao Cerco, o Porto é uma nação
Aloquete e sertã, night até de manhã
Um até amanhã, vou até Campanhã
Que a cidade é ciumenta, a saudade só aumenta
Nascida em Cedofeita, na década de oitenta
Champagne na Trindade, haja felicidade
Mais um brinde à cidade e ao direito a ficar
E que venham mais turistas curiosos p'ra ver
Como ela é bonita, mas não deixe de ser
A nossa cidade com lugar para todos
Sem necessidade de afastar-nos aos poucos!
E com roupa a secar na janela ficamos
E pelo direito à cidade que amamos
Faremos como sempre: das tripas o coração
Que bate entre o Douro e a Circunvalação
[Ponte]
Estilo Vandoma, beijo o ardina
Minha redoma é essa neblina
Estilo Vandoma, beijo o ardina
Minha redoma é essa neblina
Estilo Vandoma, beijo o ardina
Minha redoma é essa neblina
Estilo Vandoma, beijo o ardina
Minha redoma é essa neblina
[Refrão]
Não me empurrem que o meu coração
Está entre o Douro e a Circunvalação
Sei que é uma selva a cidade e vou na onda
A minha cena é Vandoma
Sei que é uma selva a cidade e vou na onda
A minha cena é Vandoma
Não me empurrem que o meu coração
Está entre o Douro e a Circunvalação
Sei que é uma selva a cidade e vou na onda
A minha cena é Vandoma
Sei que é uma selva a cidade e vou na onda
A minha cena é Vandoma