Luar de vila Sonia

Paulo Miranda

Luar de vila Sonia

Luar, mais nada me seduz
Senão, chorar pensando em ti
Luar, sonho banhado em luz
Agora eu sei o que perdi

É noite e tudo se desfaz
Na fria solidão da lei
Noite sem Deus, noite sem paz
E tudo foi humano, errei

Mas inda tenho coração
E tudo pode acontecer
O despertar da redenção
De um terno amor, o alvorecer

Amor, o alivio para a insônia
Perdão, a graça para o fim
Quero-te luar de vila Sonia
Para morrer cantando assim...

(Declamado)
"Nove horas, apagam-se as luzes do presídio
Mais uma esperança perdida na insípidez de um dia
Estiolado que se foi para o além, como tantos outros se foram, desde que me destinaram esta vida amargurada de encarcerado
Mais um período de lágrimas para a minha grande desventura
A noite tenebrosa dos fantasmas, a escuridão da lei privando-me do luar perfumado e encantador de vila Sonia, adormecida
A corneta da sentinela, lá no portão longínquo do presídio,
inicia o toque do silêncio, enquanto sob o cáustico do pranto abrasador, prossigo meu destino marcado, cantando e chorando a minha saudade imensa".
Luar, mais nada me seduz
Agora eu sei o que perdi

Trivia about the song Luar de vila Sonia by Carlos Galhardo

Who composed the song “Luar de vila Sonia” by Carlos Galhardo?
The song “Luar de vila Sonia” by Carlos Galhardo was composed by Paulo Miranda.

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