Saudade Maleva
De vez em quando a saudade
Por maleva e caborteira
Se achega abrindo porteira
Na invernada do meu peito
Leva o mate a preceito
Pra matear com a solidão
E depois, sem compaixão, me deixa assim desse jeito
Chega sem dar: Oh, de casa
Boleia perna e apeia
Saudade não se maneia
Nem se pega com a mão
Deixa de rédeas no chão
Na alma xucra do vivente
Usando quem esta ausente pra ferir o coração
Coisa esquisita, que ninguém sabe a verdade
Se a presença da ausência, ou ausência da presença
Essa maleva saudade
De vez em quando, a saudade
Por maleva e caborteira
Se achega abrindo porteira
Na invernada do meu peito
Leva o mate a preceito
Pra matear com a solidão
E depois sem compaixão me deixa assim desse jeito
Essa saudade maleva
Me vive nos dando pealo
Tira gente do cavalo
Nos abandona ao relento
Mais depois desse tormento
Num galope vai simbora
Bate patas campo afora
E se some no firmamento