Solidão de Um Poeta
Gilberto de Andrade / Mauro Diniz
Solidão
Já é alta madrugada
Eu sentado na calçada
Vou curtindo a solidão
Noite fria, sem luar
Violão chora ao dedilhar
Um poema eu vou compor
Vou falar de um falso amor
Que deixou durar cicatriz
Me deixando infeliz
Solidão
Já é alta madrugada
Eu sozinho na calçada
Nem a lua pra ouvir meu cantar
Afoga o meu pranto sim
Na bebida de uma taça
E de cigarro em cigarro o sabor da fumaça
Canto a dor, meu sofrer
Meu pinho a compartilhar do meu triste viver