Na outra margem do rio
Cicero Goncalves / Luiz Avelima
O meu amor tinha um jeito diferente
De toda gente que vivia no sertao
Tinha um cheiro especial de sabugueiro
Tinha o corpo bem faceiro
E os cabelos de algodao.
Mas veio o tempo de deixar aquela serra
Procurar em outras terras
Uma vida bem melhor
Ai que do,eu perdi minha pequena
A quem dei um diadema
Para se lembrar de mim
Meu deus do ceu que saudade mais ruim
Quando penso em minha gente
Quando penso em meu amor
Mas em meu peito tao ardente passa um vento de ternura
Vai soprando a amargura,aliviando o meu sofrer
Esse alivio e uma coisa passageira
Nao ha nenhuma maneira
De amenizar a solidao
Eu vou seguindo com todo esse desvario
Sabendo que na outra margem do rio
Deixei ficar meu coracao