Realmente
[Verso 1]
Pronta pra bater de frente com quem finge ser real
Realmente pra dar certo tem que ser golpe fatal
Mente foca, fujo de fofoca pra trilhar o certo
Se sufoca, mas pra não dar pano, sistema ta alerto
De peito aberto sigo com semblante que demonstra
Que atrás do rosto dócil, personalidade monstra
Mostra menos que devia, faço mais do que faria
Absorvendo força bruta e matando 1 leão por dia
Palavra trava a mente, língua quente queima corpo
Trato o trato como papo, então nunca venha com torto
Pra facilitar pra firma, firmo o toco e não vacila
Sem freio, frito nas track que atropela quem cochila
Sem simpatia, favela, poesia eterna
Luz mais forte que lanterna pra sair dessa caverna
Sobreviver, saber viver pra num render a vosmicê
Crer em Deus, quem sabe assim eu posso renascer
[Refrão]
Ver o mundo de uma forma diferente
Onde não mate tanta gente da nossa gente
Na pele essa dor a gente sente
Cada queda que se fortifica o elo da corrente
[Verso 2]
Sorridente, sem brecha pra flecha me atingir
Se dependesse de alguém eu não estaria mais aqui
Percebi que depender de mim tem suas desvantagens
Me arrisco até o risco, pois não me falta coragem
À margem da sociedade, meu lugar de orgulho
Vendo aqui da minha janela, vizinhança do barulho
Sai de cima do muro, é necessário pro trabalho
Baixa aqui no meu ouvido, diz: tá foda pra caralho
Desembaralho na cena, sem pala no desembolo
Problema resolve a parte se tá dentro do miolo
Com arte faço encaixe, tira a fatia do bolo
Bendita alma que vive e não se mistura aos tolos