Convite

Ninno Amorim

Balance o corpo
Nesse coco sem sufoco
Não tenha medo, não corra...
Que a festa vai começar.


Segure o coco
Na zabumba, no pandeiro.
Meu repente é brasileiro
Na batida do ganzá.


Nessa vida só se colhe o que se planta
E você não adianta querer-me engalobar.
Não seja besta, chegue cá, entre na roda!
O coco não sai de moda, qualquer um pode dançar.


Dança casal, mulher solteira, homem solteiro,
Nesse meu coco brejeiro o preconceito não está.
Gente daqui e gente lá do estrangeiro
Todo mundo no terreiro faz o corpo balançar.


Meu coco é norte, é centro-sul e sertão,
É Brasil de chão a chão, vai do sul a Macapá...
E sobe a serra, desce o rio e vai à mata:
É um nó que não desata, sua sina é batucar.

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