Não Santos
Veu Pater
O sertão do meu céu irá ruir
Derramar cometas
De tanto proferir sobre a fé que me ausentou
Jaz aqui meu perdão
Que eu peco quando se afasta
Mas não julgue ser cruel
Os atos daqueles não-santos
Quem desconhece o que é bom
Dificilmente vê o mau
Por que fez o amor e o ódio como irmãos
Que vivem assombrando as almas dos sãos?
O fim da tarde já vem recolher
A claridade escura
Abriguem-se os loucos, eis que chega a lucidez
Quando pousarem esses pombos
Quem estará curado?
Mas não julgue ser cruel
Os atos daqueles não-santos
Quem desconhece o que é bom
Dificilmente vê o mau
Por que fez o amor e o ódio como irmãos
Que vivem assombrando as almas dos sãos?