Parte dois
Para onde posso ir sem me carregar?Não há outro 'eu' em
outro lugar.
Então encaro o desafio de transformar aquilo que me
forma.
VELOZ, VELOZ, VELOZ.
Mas atrás da janela é sempre a minha visão cortando
outro lugar.
Sempre a minha ideia, sentindo e gravando lá fora
outra imagem.
Rápido como as árvores se tornam manchas, a ação
mistura o real e o inventado.
Já falei sobre isso antes.
Sobre pés e rodas marcando caminhos e o sabor da morte
em meus sentidos.
Devo ir...sugando cada instante.
E o que nós vamos guardar destes dias?
Os flyers e as fotos?as cartas?os mortos que não
deixamos enterrar?
Os velhos lugares têm novas pessoas. Quanto tempo vão
durar?
Mudar o mundo será apenas mudar o mundo de lugar?
Se o conteúdo se refaz é preciso quebrar ou mudar a
embalagem.