Cédulas
alguns trapos rasgados, depois de ter pulado aquele cercado
atras de residuos alem da minha carteira assinada
tempo fechado com os mlk da baixada
não compreendo nada mais alem de loops invertebrados
longos dias longas niths de mormaço no quarto
do nada se fez o tudo mas nem tudo me satisfaz
rustico como toras fumadas ouvindo jazz
sem blef quando pularmos o muro de volta
sem contar com o retorno massifico da obra
mas convicto com os verme na bota
varias questoes e tempo é uma delas
logicamente que queremos aquelas cedulas
estamos com fome nego.... estamos com fome nego
[Lessa Gustavo]
Todas luzes da estação ascenderam ao mesmo tempo
Vejo um Curió cantando, tal sinos de um monastério em atividade
As 6 da tarde eu raparei o desgaste na sola do house shoes
Pés no asfalto ardem
Calcanhar cansado, cães que não latem
Ossos enterrados pra mais tarde
Palmas que sozinhas não se batem
Dentro do problema eu te gritei mano, como um sinal de resgate
Assumo que sozinho não rende, captei num frame as duvidas que mais me perseguem
Afirmo que nunca soube de nada
Jesus derramado na calçada, eu vi ódio no coração dos crentes
Sangue na coleira e nos dentes
Reúno os pregos caídos nesse salão,
o tornado de ontem pusera formato em tudo
A tragedia e a comedia
O riso e o luto
Explodo a casa da moeda, paredes antigas de pedra voando pelos ares, chuva de cédulas