Eterno Como Areia

José Maria Giroldo

Eu vim da paineira do cerrado
Da cascata e da cachoeira
Vim do campo esverdeado
E da estrada só poeira
O meu canto é de caboclo
E o meu peito avarandado
Meu olhar alcança pouco
Vaga-lume em céu fechado
Eu sou o sertão em coivara
Tenho sangue de águas claras
Escorrendo em meus riachos
No remanso do meu peito
A viola arranja um jeito
E o amor despenca em cachos
Sobre os pastos e caminhos
Quero ser o algodão
Branco como o coração
Do caboclo quando canta
Ser a foice do arado
E rasgar seu chão suado
Ser seu braço quando planta
A semente seu destino
E então ser a calma do regato
Ser o canto da araponga
Ser a cor verde do mato
E viola em noite longa
E morrer no meu lugar
Ser viola em noite longa
E voltar no amanhecer
Ver meu povo pela estrada
Pés batendo no areião
Ser seu punho, sua enxada
E morrer no seu lugar
Ser seu canto, sua brigada
E morrer no seu lugar
Ser seu canto e sua armada

Trivia about the song Eterno Como Areia by Diana Pequeno

When was the song “Eterno Como Areia” released by Diana Pequeno?
The song Eterno Como Areia was released in 1979, on the album “Eterno Como Areia”.
Who composed the song “Eterno Como Areia” by Diana Pequeno?
The song “Eterno Como Areia” by Diana Pequeno was composed by José Maria Giroldo.

Most popular songs of Diana Pequeno

Other artists of MPB