Papo pra Preto

Dias, Gean Brasil

A cada 23 minutos um pedaço de mim se vai

Nossa desunião só serve pra adiantar o trabalho do lado de lá

O básico é não ser racista
Vá além, seja antirracista

Faça dinheiro por sua família

Uhuru pros nossos
Papo pra preto
Ao resto, meu silêncio

Quem você tem sido?

O medo de vocês tem cor
Preto

Minha luta dia a dia tem cor
Preto

Moreno tá errado, eu sou
Preto

Fala qual é a cor do amor

Sempre sendo seguido

É no Twitter, Instagram, Spotify e no mercado

Dizem que somos bandidos

Pique Funkero eu dou o papo quem mata é quem ta fardado

Querem nos ver de bandido

Só não gostam quando a atenção dos filho nós tinha levado

De fato somos bandidos

O hype de toda cena os preto tomaram e foi de assalto

Hoje eu to meio Dante Negro da cena do Rap

Ato simbólico, de simbolismo memo só o símbolo da Bag

Carregando alguns pecados

Tipo ensinar povo escravo e cantar o hino desse meu estado

Racista

Eu já enxergo de longe

“Não quero a bolsa, tia”

Só o respeito garante

Mais um tempo de vida

Sem Patrícia na minha blunt

Eu só quero justiça

E que meu canto te encante

Valeu?

Assuntos de família se não entende a UHURU

Vocês nem sabem mas já fui Dongo na era Ambundo

Eles insistem em se apoderar do mundo, imundos

E nós escuro, sabemos somos só parte do mundo

Talvez a maioria, do princípio da vida

Cara de nojo? Não! Orgulho, preto é família

Essas linhas são aula

Meu irmão é Angola

Rainha Nzinga é minha irmã

Estude sua história

Malhação te desfoca pra malhar a ação inteira

Silêncio ao Kehl e à todos que defenderam Eugênia

Navio negreiro? É o teu fone de ouvido, aceita

Sem Porto, em Luanda é lua de mel com a minha preta

Sou do lado Foguinho, nada de Celulari

Black is beautiful, ok? Respeite essa frase

Sem nazi

Amor à raça tá no sangue

E eu

Sigo fazendo hemodiálise

O medo de vocês tem cor
Preto

Minha luta dia a dia tem cor
Preto

Moreno tá errado, eu sou
Preto

Fala qual é a cor do amor

Racismo oculto, tudo sujo
De sangue

Do Rodrigo, Vinicius, Moá

Voila

Era um guarda chuva, lutando capoeira
Usando uniforme de esco

La lá
Lá lá

Longe de ti
Vista grossa por aqui
Dois, três e morre mais um negri

Tude, ele até tinha virtude
Mas tua atitude
O deixou na solitude

Embuste
Que me julga pelo boot

Mas o salário no meu bolso não é de droga
Nem truque

Mágica

Fazia seu Paulinho

Que fazia o mensal mínimo virar luz, água e iogurte

Cada preta sincera, desejo muita força

Pique braços da Maria que cansou de lavar roupa

Aos de vacilação, passo ideia pura

Vestir Compton não determina vestir a cultura

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