Combaterei
Bamba a corda, os pés descalços, vida exemplar
Prática e discurso, cerveja para celebrar
Se destilam ódio, nós somos poetas
Festejam a nossa morte em nome de sumé, divina cloaca
Exemplar pai de família, gente de bem (combaterei)
Nos porões torturam e anauê, amém (combaterei)
O burro demente zurra com a faixa ministerial
Aclamado por bichos rancorosos de outros carnavais
Se destilam ódio, nós somos poetas
Festejam a nossa morte em nome de sumé, divina cloaca
Exemplar pai de família, gente de bem (combaterei)
Nos porões torturam e anauê, amém (combaterei)
Sentado em berço esplêndido, sumé sabe
Não nega, nem cobra. A cada um a sua obra
Do trono, sumé assiste
E deixa que o vírus contamine todo aquele que acredita que é imune
Que é impune
De pé, ó vítimas da fome
De pé, famélicos da terra
Da ideia, a chama já consome
A crosta bruta que a soterra