Olhos Acesos
Maranhão Salgado, Zé Américo
Eu canto como quem sofre
A seca da plantação
Sou uma arara ofendida
Fugindo da solidão
Chora sanfona agrestina
Fundo do meu coração
Eu sou que nem andorinha
Quando começa o verão
Lugares,gente, saudade
Selva, cidade, sertão
Há tanto amor que acalanto
Dentro de mim um vulcão
Berram guitarras aflitas
Soltas na minha canção
São tantos olhos acesos
São tantos passos no chão
Eu canto como quem pinta
O verde da plantação
Eu sou que nem os riachos
Quando termina o verão