Tulpa
Qual é o valor de uma vida? Se a confiança tem preço
Na minha casa não é bem-vinda, Feridas eu não esqueço
Vão pagar caro na ida, E isso é só o começo
Ver que a vida não é tão linda, Só isso que eu mereço?
Me conformar num emprego de bosta e apanhar em enquadro?
Me preocupar com quem eu dou a costas? amigo hoje é raro
Me embriagar, ir em festa que lota, e explodir o meu carro?
Depois me matar, me entupindo de coca, 20 quilos mais magro
Tem que correr, pois estamos um pouco atrasados
Sobreviver, nos deixou muito mal educados
É sem querer, sai já olhando pros quatros lados
E tem quem crê, pede a proteção, corpos fechados
Sensatez, é preciso pra manter a paz
Tudo outra vez, é questão de quem se importa mais
Mano, o que cê fez é o tipo de coisa que não se faz
Quando a embriaguez moral joga o corpo morto no cais
E vem a culpa, esmurrando o ego, enquanto a frustração insulta
Criando um monstro na sua cabeça igual a Tulpa
O pior de errar, é depois ter que pedir desculpa
Mas esse é simplesmente o resumo da vida adulta
Não fode, matamos pra ter o que o boy joga fora
Acorde, senão nunca vai chegar nossa hora
Ser forte, pra nem cogitar usar a pistola
Dear God, a fome ensina bem mais que a escola
Canto tipo um bardo no meio da guerra
Mostrando uma realidade que a TV nos nega
Perseguição policial e o racismo impera
É só o povo se unir e a engrenagem emperra
Só tem pilantra no congresso mentindo pro povo
Constituição corrupta, nóis mete fogo
Que favorece esses ladrões e nos tira do jogo
A solução é escrever ela toda de novo
Mas a verdade castiga
Se bater de frente, a “lei” te mastiga
Oprimir o pobre é moda antiga
Logo “Fui a Espanha” ainda é cantiga
A desigualdade estampada na cara
Poucos que tem tanto e tantos sem nada
Mas eu vejo uma luz no fim dessa estrada
É a redenção de quem corre e não para
E ao meu redor eu quero poucos, vou com nada e eu quero ouro, Prata
Sei que se morrer nóis não vai levar nada, mas ser pobre é ter a vida abreviada
233 é fábrica de Dollar, é o Pitbull que te devora
Aquilo já foi não mais retorna,
Será expulso igual água morna, Essa é lei da existência, é vivencia, nunca mais retorna