Atol

Guga Borba / Guilherme Cruz

Quando eu era mais jovem e bem mais sábio, arquiteto de sonhos
Eu cheguei a esta terra e ouvi um homem de palavras infinitas
Que mudaram minha vida, tão bem vinda,
Poeira fina

Então eu voltei, em um velho trem
Mais louco do que a média também
Dança mochileira, que isso faz bem
O povo em casa espera

De volta ao atol dos Rocas
Eu vou gritar, me fazer escutar
De volta ao atol dos Rocas
Eu abro portas que querem fechar
De volta ao atol dos Rocas
Eu vou gritar, me fazer escutar
De volta ao atol dos Rocas
Eu abro portas, eu vou me encontrar
No atol dos Rocas

Logo que eu fiquei mais velho e menos sábio, vendedor de meus sonhos
Eu deixei esta terra mais ainda ouvia o homem que exaltava atrás das cordas
Fui pelo deserto, com futuro tão incerto,
A tocar seus cantos

Então eu percebi que meu mundo é aqui
Então eu descobri velha estrada
Então eu percebi
Então eu descobri
Então eu escrevi madrugada

Quando eu voltei o conheci, tempestade na voz
Num aperto de mão cravou no destino tamanha cicatriz
O dia bem vindo em que o mestre abraça o aprendiz

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