Chão de Estrelas

Orestes Barbosa / Silvio Caldas

Minha vida era um palco iluminado
Eu vivia vestido de dourado
Palhaço das perdidas ilusões
Cheio dos guizos falsos da alegria
Andei cantando a minha fantasia
Entre as palmas febris dos corações

Meu barracão no morro do Salgueiro
Tinha o cantar alegre de um viveiro
Foste a sonoridade que acabou
E hoje, quando do Sol, a claridade
Forra o meu barracão, sinto saudade
Da mulher, pomba-rola que voou

Nossas roupas comuns dependuradas
Nas cordas, qual bandeiras agitadas
Pareciam um estranho festival
Festa dos nossos trapos coloridos
A mostrar que nos morros malvestidos
É sempre feriado nacional

A porta do barraco era sem trinco
Mas a Lua, furando o nosso zinco
Salpicava de estrelas o nosso chão
Tu pisavas nos astros, distraída
Sem saber que a ventura desta vida
É a cabrocha, o luar e o violão

Meu barracão no morro do Salgueiro
Tinha o cantar alegre de um viveiro
Foste a sonoridade que acabou
E hoje, quando do Sol, a claridade
Forra o meu barracão, sinto saudade
Da mulher, pomba-rola que voou

Trivia about the song Chão de Estrelas by Francisco Petrônio

Who composed the song “Chão de Estrelas” by Francisco Petrônio?
The song “Chão de Estrelas” by Francisco Petrônio was composed by Orestes Barbosa and Silvio Caldas.

Most popular songs of Francisco Petrônio

Other artists of Old Guard