Rosa

Pixinguinha

Tu és divina e graciosa
Estátua majestosa do amor
Por Deus esculturada
E formada com ardor
Da alma da mais linda flor
De mais ativo olor
Que na vida é preferida pelo beija-flor

Se Deus me fora tão clemente
Aqui nesse ambiente de luz
Formada numa tela deslumbrante e bela
O teu coração junto ao meu lanceado
Pregado e crucificado sobre a rósea cruz
Do arfante peito teu

Tu és a forma ideal
Estátua magistral, oh, alma perenal
Do meu primeiro amor, sublime amor
Tu és de Deus a soberana flor
Tu és de Deus a criação
Que em todo coração sepultas um amor

O riso, a fé, a dor
Em sândalos olentes cheios de sabor
Em vozes tão dolentes como um sonho em flor
És láctea estrela
És mãe da realeza
És tudo. Enfim, que tem de belo
Em todo resplendor da santa natureza

Perdão, se ouso confessar-te
Eu hei de sempre amar-te
Oh, flor, meu peito não resiste
Oh, meu Deus, o quanto é triste
A incerteza de um amor
Que mais me faz penar em esperar
Em conduzir-te um dia
Ao pé do altar

Jurar aos pés do onipotente
Em prece comovente de dor
E receber a unção d tua gratidão
Depois de remir meus desejos
Em nuvens de beijos
Hei de envolver-te até meu padecer
De todo fenecer

Trivia about the song Rosa by Francisco Petrônio

On which albums was the song “Rosa” released by Francisco Petrônio?
Francisco Petrônio released the song on the albums “Valsas Brasileiras” in 2002, “Serestas, Canções E Serenatas” in 2003, and “Romântico!” in 2006.
Who composed the song “Rosa” by Francisco Petrônio?
The song “Rosa” by Francisco Petrônio was composed by Pixinguinha.

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