Cerco Fechado

Gegê Caos

A rima de cá soa
Feito vento que leva canoa
Cantiga de samoa que nos quatro canto ecoa
Das vielas de sp caracas city toma
Gegê encontra a tonga da mironga sem milonga
Evoca as mata e larga nos beats rimas raras
Di gegê pra jejes é mais um filho de bambaata
Zumbi é rei como dandara e mete o frezze no crack que estala


Hip hop é armadura de nidala
Vem funk, punk, sociopata e crunk
Pá cola lambe-lambe que seguiremos avante
Pique os velhos almirantes
Não é qualquer aluno que cola em nosso dojo
E joga na lona o bom e velho professor
A voz ainda é advinda da essência vietnamita
Made in kingston do ao ariston
Nossa luta é pela vida


O espectro da luz que hipnotiza o bobo
O grave do barulho que desordeiro esse manicômio
Tá aqui viva como água viva
A reforma mental
Inglória marginal
Sem fino trato os filhos da desova


Na labuta diária mcs expandem
O condado porque largo é o rabo da que açoita os desgraçados
É gene de ho chi mim morato city
Arrebata pique arrebite desvirtua códigos em bites
Tentem se quiser maquiar ou mudar a pose ebó
De rastejante é sem chance
Pá ciranda dos rimadores


O que não mata alimenta a maloca
É roça
Favela é caldeirão e clama a revolta
Destroça
Por aqui o que vi não pareciam rosas
Não abram suas portas


Segundo tempo é hora de mudar as táticas
As moradas não são estáticas
Vamos invadir a grande área
Façamos nosso aphartaid outra linguagem
Expresso sem versão tão certo como marley
Mais peso no groove mais saúde no morro
Amor pra nois
Nenhum Deus da mais conta o homem
É seu algoz


Quem sabe um back to back a mais um bomb sagas
Um pulo máster sem proa pra marcha pela paz
Porque não mais simplicidade a matéria é a mesma da realidade
Ninguém xeroca a verdade
Na favelândia
A miscelânea a unidade desanda
E a morte lenta a milhão nus encanta como mantra
O rei mandou você calar a boca e trabalhar jão
Quem pensar e não cumprir é traidor de toda nação


Conveniente come o prato quente da serpente
Que entre a gente se reveste como gente da gente
E de repente novamente nada de novo de novo pra gente que segue em frente
A vida assimilada individualmente
Não vi como stockely talentos marginais no pódio
Tão pouco rosas vi e vejo perigo em nosso bloco
Kao kabelasie ogum Iê


Bora nessa maré pá vê qual é o pé
Que vai dá pé pro exercito do zé
Porque tão grave quanto essa batida
É a verdade que tu não acredita
O que não mata alimenta a maloca
É roça
Favela é caldeirão e clama a revolta
Destroça
Por aqui o que vi não pareciam rosas
Não abram suas portas

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