Asa Branca
Quando olhei a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu: Uai
Por que tamanha judiação?
Que braseiro, que fornalha
Nenhum pé de plantação
Por falta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Até mesmo a Asa Branca
Bateu asas do sertão
Então eu disse: Adeus, Rosinha
Guarda contigo meu coração
Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação
Eu lhe asseguro
Num chore não, viu
Eu voltarei, viu
Meu coração