O Ipê e o Prisioneiro (part. Marcelinho de Lima e Barra da Saia)
Quando há muitos anos fui aprisionado nessa cela fria
Do segundo andar da penitenciária lá na rua eu via
Quando um jardineiro plantava um Ipê e ao correr dos dias
Ele foi crescendo e ganhando vida enquanto eu sofria
Meu ipê florido junto a minha cela
Hoje tem altura de minha janela
Só uma diferença há entre nós agora
Aqui dentro as noites não tem mais aurora
Quanta claridade tem você lá fora
Vejo em teu tronco cipó parasita te abraçando forte
Enquanto te abraça suga tua seiva te levando a morte
Assim foi comigo ela me abraçava depois me traia
Por isso a matei e agora só tenho sua companhia