Correndo Eguada
Era lindo antigamente, assim dizia meu avô
Campeiro do batovi que o varzedo batizou
Correr uma eguada xucra, diversão pra um campesino
Ao rodar num tacurú e a vida entregue ao destino
Cada qüerudo maleva, ventarrão e bufador
E, às vezes, num potro bueno, pras garras do domador
(quem boleava seu bagual
Assinalava na orelha
Que o bicho carregue a marca
Pois espanta quem tenteia)
Volta e meia num lançante, entre sanga e pajonal
Dava pena um flete bueno se perder no manancial
Correr uma eguada xucra é coisa de antigamente
Pois se juntava a indiada de são gabriel a corrientes
Cada bugre mais bagual, igual a um potro boleado
Bem comparando as estampas, era um bando de aporreado