Gritos de Liberdade / Gaúchos de Fato
Minuano tironeando a venta dos tauras
Relinchos de baguais, faíscas ao vento
O brado terrunho do punho farrapo
Num bate cascos medonho ao relento
Peleando em favor da pampa
A pilcha sovada em tiras
Marcando fronteiras provou lealdade
Livrando os trastes da campa
Na ventania rusguenta
Pranchando adaga a gritos de liberdade
Vento, cavalo, peão
Marcas de cascos no chão
Fronteiras em marcação
Nosso ideal meu rincão
Me mande este chasque
A um xirú maragato
E diga que estamos peleando à la cria
Num tempo feio três ontonte, parceiro
Pranchei ferro branco aquentou noite fria
Aqui tem poucos cavalos
A munição tá escasseando
Me mande montarias, guapos, mantimentos
Estamos de venta aberta
Peleando pela querência
No punho a tenência, no peito um sentimento
No punho a tenência, no peito um sentimento
Somos gaúchos de fato
Me mande este chasque
A um xirú maragato
Somos gaúchos de alma e coração
Peleadores da querência
Posteiros da tradição