Diminuto

Guilherme De Sá

Então é isso
De mim, há o restante
Meu pretérito já está ausente
No predicado que jaz, sou infuturo
Do desterro, revivente
Semimorto por resistir
Um átimo à mais que o inimigo
Mas não deserto
Nem sou tardio
Às vezes, eu só sei sentir

(Dum vita est, spes est)

Se, no futuro
Sós e distantes
Lembrarmos de nós
Não serei eu a te odiar
Nem tu a me amares
No presente me ausento
Amanhã deixo de fazer falta
O desaplauso é meu momento
E disto, não ardo
Sim, tardamos
Ao fardo que não superamos
Às vezes, a gente só sabe sentir
Muito e tanto
(Não!)

Suæ quisque fortuna faber est!

Que destino amargo
É aquele em que o desatino
Fez-nos esquecer de Deus
Quando tudo foi divino
Então mostramos o paraíso aos outros
E o destruímos
Salvemos o mundo, suplicamos
Sob o medo de tudo acabar
Para que tudo fique como está
Desde que inferno do outro fique lá
E diminuímos até desaparecermos
E minguamos até inexistirmos
Até o último minuto
Um último minuto
E eu diminuto

Trivia about the song Diminuto by Guilherme de Sá

When was the song “Diminuto” released by Guilherme de Sá?
The song Diminuto was released in 2021, on the album “Fermata XI”.
Who composed the song “Diminuto” by Guilherme de Sá?
The song “Diminuto” by Guilherme de Sá was composed by Guilherme De Sá.

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