Desavença

Deixa menina minha viola que todo canto que eu faço é teu
Se descombina eu vou-me embora
E não consola mais esse breu
A lua nasce tem tantos anos, quanto engano já doeu
O beija-flor em nossa janela buscando o doce que você deu
A samambaia está sempre bela, pelos cuidados que recebeu
Lá vem Cristina com seu passinho manso
Popoto contrariado, desafinando o "todo cuidado"
Amam-se muito, mas não vai bem esse casamento
Haja ungüento que cure a sorte
Estão num momento
Em que a convivência já "tá "criando tanto "fandango"
Mando e desmando, inoperando todo o encanto
Para Cristina o Popoto só toca viola, até dá bola, mas nenhuma no gol
- deixa Cristina de inventar caraminhola
Chega de hora, se desenrola
Falar de mim prá todo mundo - que bueiro!!!
Não dá dinheiro, o teu amigo sou eu
Deixa menina minha viola que todo canto que eu faço é teu
Se descombina eu vou-me embora
E não consola mais esse breu
A lua nasce tem tantos anos, quanto engano já doeu
O beija-flor em nossa janela buscando o doce que você deu
A samambaia está sempre bela, pelos cuidados que recebeu
E assim Cristina foi conformando um pouco
Popoto, cabeceando, beijou o seu rostinho brincando
Todo domingo escutam o "chorinho na feira"
E sem "brigueira" os seus carinhos foram voltando
De vez em quanto praticam uma briguinha de galo
E no intervalo o tempo vai marcando a folhinha
E assim a rinha não incomoda mais a vizinha
Na vida deles ninguém mete a colher
Pára, Popoto, de "quizira", de "fiola"
De "rami-rami", de rasga bola
Para nenhum é bom a vida que esfola
"erra de mim", "embora se violar"

Trivia about the song Desavença by Guinga

When was the song “Desavença” released by Guinga?
The song Desavença was released in 2003, on the album “Noturno Copacabana”.

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