Restos da Mouraria

Martinho da Assunção, Carlos Conde

[Letra de "Restos da Mouraria"]

[Estrofe 1]
Eu nasci na Mouraria
Num prédio que resistia ao progresso que o venceu
Um dia, tanto gingou
Que por fim não se aguentou e de saudades morreu
Pequeno prédio gingão
Onde eu via a procissão espalhar fé pelo caminho
E toda a gente dizia
Que as ruas da Mouraria cheiravam a rosmaninho

[Refrão]
Naquela casinha morou a Severa no tempo passado
E o alegrete, fidalgo que era vizinho do fado
Mas em cada esquina, um resto de outrora a vida deixou
E na capelinha mora uma senhora que não se mudou

[Estrofe 2]
Eram ruas estreitinhas
Grinaldas e janelinhas à beirinha do telhado
E era a tal rua dos Canos
A rua dos Desenganos, morava ali o pecado
Quando abria o vinho novo
Esse champanhe do povo, que barulho e alegria
Havia ramos de louro
A anunciar o tesouro pelas tascas da Mouraria

[Refrão]
Naquela casinha morou a Severa no tempo passado
E o alegrete, fidalgo que era vizinho do fado
Mas em cada esquina, um resto de outrora a vida deixou
E na capelinha mora uma senhora que não se mudou

[Final]
Mas em cada esquina, um resto de outrora a vida deixou
E na capelinha mora uma senhora que não se mudou

Trivia about the song Restos da Mouraria by Helder Moutinho

When was the song “Restos da Mouraria” released by Helder Moutinho?
The song Restos da Mouraria was released in 1999, on the album “Sete Fados e Alguns Cantos”.
Who composed the song “Restos da Mouraria” by Helder Moutinho?
The song “Restos da Mouraria” by Helder Moutinho was composed by Martinho da Assunção, Carlos Conde.

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