Sabado Catorze
Quando o relógio da estação marcar a meia noite
Resistirá o pinheiro de pedra, com seus galhos espalhados
Berros na Praça Amazonas, as árvores terão troféus
Urros na avenida Getúlio, nos postes os estrangulados
O trem estraçalhou, os corpos dos desavisados
O túnel entre as escolas, voltou a ser usado
Jorra o sangue na Hercílio, arde em vermelho o chafariz
Vamos contar as cabeças, na porta da igreja matriz
Feras no parque, utam por corpos espalhados
Da ponte do arco, desenroscaremos os encalhados
No morro o santo da às costas, teme o juízo final
O caos está instalado, assim avisa o portal
O morro arde o fogo onde havia a cruz
Da torre vem liberdade pelo vermelho da luz
Jorra o sangue na Hercílio, arde em vermelho o chafariz
Vamos contar as cabeças, na porta da igreja matriz