Sereno
Ivan Souza / Julio Cesar
O sereno vai caindo, molhando o capim do campo
Sereno caiu na estrada e quase molhou o chão
Madrugada vai chegando e um clarão já ilumina
Sereno cobre a campina que chega faz cerração
Serenou na mata virgem, serenou lá no cerrado
Na areia da baixada, nas folhas do indaiá
Sereno caiu mansinho feito gotas de carinho no solo que é massapé
Molhou o espinho agulha e as folhas do bacuri
Sereno no pé da serra, na grota do esbarrancado
Sereno cobre meu rancho que é coberto por um manto, um telhado de sapé
Perfume da rosa branca encanta com seu aroma
Sereno molhando as flores, caindo no meu jardim
Deslizando nas folhagens, escorrendo pelos caules
Serenou nas margaridas, também no pé de alecrim