Fazenda Santa Luzia
No começo de Janeiro
Um convite eu recebia
Fui conhecer o Sítio Estrela
Pertinho de Alexandria
Encontrei só gente boa
Meu Deus quanta cortesia
Passei por dentro de Assis
Cidade limpa e sadia
Esta moda não é lenda
Eu hospedei numa fazenda
Por nome Santa Luzia
Eu vi beleza e riqueza
Que a muito tempo não via
Honestidade e respeito
Lá naquela moradia
O seu dono conversava
Com classe e categoria
Esta fortuna ganhei
Mas não foi na loteria
No lombo de burro bravo
Trabalhei igual escravo
Pra chegar onde eu queria
Trabalhar não mata a gente
Se matasse eu morreria
Quatro e meia da manhã
Pelo mundão eu saía
Comprando boiada magra
Depois de gorda eu vendia
A minha tropa ensinada
Junto comigo sofria
A minha esposa adorada
Me ajudou desesperada
Só fazendo economia
Eu ouvi com atenção
O que o grande homem dizia
Os seus olhos confirmaram
As belezas que eu via
O verde do colonião
As suas terras cobria
Os touros brancos de raça
Vacada branca de cria
Lá na beira do Panema
Deus me deu o grande tema
Desta simples melodia
Eu descobri um tesouro
Que ainda não conhecia
Família do Dorvalino
Só me deu muita alegria
Sua esposa e seus filhos
São três grandes simpatias
Seu filho é seu grande amigo
É bom que não tem quantia
Um bom amigão que vale
O Dorvalino Murale
Mereceu esta poesia