A Dom Antônio Trindade
Vem Dom Antônio Trindade
Num trono de "pelo e patas"
Numa gateada monarca
Crioula lá da Fronteira
Escorando na "soitera"
A culatra desta tropa
Sombreiro baixo de copa
Que linda estampa campeira
Quem orquestrou o destino
Sobre o compasso de um basto
Farejando céu e pasto
Nos setembros de potreadas
Sovando léguas de estradas
Entre tropeadas e domas
Taureando a sorte gaviona
Nos encontro da gateada.
"Hay" que sacar o "sombreiro"
A Dom Antônio Trindade
Quem for "gaucho" de verdade
E grongueiro na estampa
Imagem bugra da Pampa
Um torena em campo aberto
Tenteando o destino incerto
No rumo de casco e guampa...
..no rumo de casco e guampa.
Quem avistar Dom Antônio
Na testa da comitiva
Verá a história mais viva
Deste garrão brasileiro
Mescla de monge campeiro
Um centauro lusitano
Como diria o "Caetano"
O pajador missioneiro.
Quem largou "pesos" de tropa
No velho Santa Maria
Escutando a melodia
Mareteando na carona
E o "sonido" da cordeona
Por algum pouso de tropa
Onde o mate segue a volta
Ritual de "fogo e cambona"
"Hay" que sacar o "sombreiro"
A Dom Antônio Trindade
Quem for "gaucho" de verdade
E grongueiro na estampa
Imagem bugra da Pampa
Um torena em campo aberto
Tentiando o destino incerto
No rumo de casco e guampa...
..no rumo de casco e guampa.