Sombra de Dentro
Da tua noite não existe estrelas
Nem campeiras luas se quartiando
Mal comparando é uma tormenta armada
Que apaga os pirilampos das baixadas
E a brasa da baeta com seu manto
Para esta noite sobre o teu lençol
Buscando o Sol que vem calar os galos
Mas teus regalos me oferecem fogo
E te levanta em meus próprios ombros
Mundos de sombras sobre o meu cavalo
Ê poncho velho
Sei, sei que vais comigo
É teu castigo acompanhar meu fim
Tens melhor sorte
Ainda ver estrelas
E a tua cara quem não pode tê-las
É porque vive voltada para mim
Se um dia achares a primavera nova
Olho de Sol de um setembro futuro
Amigo eu juro te assolear
Baeta aberta sobre o alambrado
Como a flor do gravatá maduro