Numa Estação

RODRIGO BAUER

Rasgando o céu uns galhos na distância
Me acenavam folheiros da infância
Recortando o azul da imensidão

Eram deles os pombos companheiros
Num compasso de assas viageiros
Colorindo a manhã de uma estação

Eu num banco me encontro descansando
Das viagens que fiz me procurando
Me perdendo sempre a cada trem
Aprendi pelos trilhos e taperas
Que a tristeza é maior quando se espera
Ou se sente saudade de ninguém

Voam longe meus olhos passageiros
Sem o brilho de antes de [?]
E sem trilhos no rumo que eu encerro
Vou por dentro de mim abrindo ruas
Onde a névoa serena que flutua
Me liberta de estradas e de ferro

Vai e volta a saudade condenada
A viver entre os trilhos da jornada
No olhar de quem vai pelo vagão
A tristeza se faz então se solta
Entre a mão da partida e o bem da volta
Da rotina sem fim de uma estação

Trivia about the song Numa Estação by João de Almeida Neto

Who composed the song “Numa Estação” by João de Almeida Neto?
The song “Numa Estação” by João de Almeida Neto was composed by RODRIGO BAUER.

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