Marcas do Tempo

Casca de fumo e pontas de palha
Erva jogada na beira da estrada
Sinal de fogo e capim deitado
Foi um tropeiro nesta madrugada
Sigo no rastro com tanta saudade

Uma vontade de tropear também
Levar a tropa e gritar com boi
Felicidade que um tropeiro tem
Sorriso largo e palheiro aceso
Lenço abanando, tilintando a espora
Estampa guapa de um índio campeiro
Segue o tropeiro pela estrada afora

Olhando o céu e a pampa azulada
Segue troteando num longo caminho
Vai recordando do tempo passado
Vê o pelo do gado na cerca de espinho
De vez em quando seu pingo se nega
Se arrenegando com a perna do freio

E aquele taura sozinho pensando
Segue pechando touro num rodeio
Marcas do tempo que jamais se apagam
Ficaram nos flecos do meu tirador
Quando eu tropeava num bagual bufando
Escorando a ponta, e fazendo um fiador

Quando eu me apear no meu último pouso
Na estância xucra lá do além
O meu Rio Grande talvez se recorde
Que aqui na terra eu tropeei também.

Trivia about the song Marcas do Tempo by João Luiz Corrêa

When was the song “Marcas do Tempo” released by João Luiz Corrêa?
The song Marcas do Tempo was released in 2006, on the album “Campeirismo 6”.

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