Namoro de Galpão

A oito baixos se arreganha na vanera
A porvadeira se ergue por toda sala
Uma morena se achega com simpatia
E acaricia sestrosa as franjas do pala

Atrás da orelha escoro o pito e já me avanço
Nesse balanço abagualado do rincão
Campeio a volta e alço a perna num assunto
Faceiro amunto no lombo de uma paixão

Eu levo a vida sempre no cabo do mango
Mas no fandango só amanso a solidão
Troteio a sina de um campeiro de talento
No encantamento de um namoro de galpão

Refrão
Quando a cordeona chora, nheco!, nheco!, nheco!, nháá
Dengosa numa vanera, corcoveia o coração
A saudade vai embora, nheco!, nheco!, nheco!,nháá
E eu me desmancho de paixão

No pé do ouvido, proseio e sigo bailando
Vou caprichando num palavreado macio
A mãe da moça com a cara meio azêda
E a labarêda segue queimando pavio

Quando o gaiteiro se agarra num limpa-banco
Eu vou no trancoprá enfrentara saideira
Beijo no rosto do cambicho, quase estouro
Sei que é namoro prá durar a vida inteira

Refrão

Trivia about the song Namoro de Galpão by João Luiz Corrêa

When was the song “Namoro de Galpão” released by João Luiz Corrêa?
The song Namoro de Galpão was released in 2003, on the album “Campeirismo 4”.

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