Medo (part. Scan e Maria Eduarda)
"Devemos ataca-lo não onde ele é forte
Mas onde é fraco
Nos hospitais, para que fiquem sem segurança
Nas escolas, para que fiquem sem futuro
Na juventude, para sufocar sua esperança"
Tirem deles a esperança
Tirem o sonho e a segurança
A vida de qualquer criança
Eles querem nos derrubar
Não se escondam em suas casas
A pele escura em mira alva
Não há mais pra onde fugir
Temos medo, sim
De ser o nosso fim
Mas ainda temos forças pra lutar
Na certa um recomeço é certo
Eles não podem nos calar
Na certa um recomeço é certo
Eles não podem nos parar
Na certa um recomeço é certo
Eles não podem nos calar
Na certa um recomeço é certo
Então nem tentem nos parar!
Nem tentem nos parar, não, na contramão!
Nossa força é união
E tem fluxo de uma só direção!
Mas caminho é o cão
Bifurca a visão
Duas asas numa aguia que não plaina
Ela entra em extinção
Chega de medo!
O enredo sempre será o mesmo
Pobre preso, rico ileso, droga no peso
É sempre dinheiro, é!
Lazer pra quem?
Cultura pra quem?
Não somos todos cultos
Do lixo ao luxo, eles são o lixo
Esperança
E nos deixam no vulto
Depois reclama que o crime vira adulto
Que nunca da fruto, só furto!
Mas essa planta nunca teve adubo
Nunca teve adubo, é!
"Na juventude, para sufocar sua esperança"
Na certa um recomeço é certo
Eles não podem nos calar
Na certa um recomeço é certo
Eles não podem nos parar
Na certa um recomeço é certo
Eles não podem nos calar
Na certa um recomeço é certo
Então nem tentem nos parar!